Bem- Vindo!

Como diria Fernado Anitelli:
Sintaxe a vontade!

segunda-feira, 24 de março de 2014



1. (Enem 2012)  Para Platão, o que havia de verdadeiro em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).

O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427–346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa diante dessa relação?
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.  
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.   
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.  
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.  
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.  

2. (Enem 2012)  TEXTO I

Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez.

DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, 1979.

TEXTO II

Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado).

Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume
a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo.  
b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica.  
c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento.  
d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos.  
e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento. 

3. (Enem 2012)  Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais escapam à conjectura humana. Não obstante, para não ignorar inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe. Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vínculo entre o seu pensamento político e o humanismo renascentista ao
a) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidores do seu tempo.  
b) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.  
c) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.  
d) romper com a tradição que valorizava o passado como fonte de aprendizagem.  
e) redefinir a ação política com base na unidade entre fé e razão.  
4. (Enem 2012)  É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais liberdade, porque os outros também teriam tal poder.

MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997 (adaptado).

A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito
a) ao status de cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.  
b) ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.  
c) à possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às leis.  
d) ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das consequências.  
e) ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.  

5. (Enem 2012)  Esclarecimento é a saída do homem de sua menoridade, da qual ele próprio é culpado. A menoridade é a incapacidade de fazer uso de seu entendimento sem a direção de outro indivíduo. O homem é o próprio culpado dessa menoridade se a causa dela não se encontra na falta de entendimento, mas na falta de decisão e coragem de servir-se de si mesmo sem a direção de outrem. Tem coragem de fazer uso de teu próprio entendimento, tal é o lema do esclarecimento. A preguiça e a covardia são as causas pelas quais uma tão grande parte dos homens, depois que a natureza de há muito os libertou de uma condição estranha, continuem, no entanto, de bom grado menores durante toda a vida.

KANT, I. Resposta à pergunta: o que é esclarecimento? Petrópolis: Vozes, 1985 (adaptado)
Kant destaca no texto o conceito de Esclarecimento, fundamental para a compreensão do contexto filosófico da Modernidade. Esclarecimento, no sentido empregado por Kant, representa
a) a reivindicação de autonomia da capacidade racional como expressão da maioridade.  
b) o exercício da racionalidade como pressuposto menor diante das verdades eternas.  
c) a imposição de verdades matemáticas, com caráter objetivo, de forma heterônoma.  
d) a compreensão de verdades religiosas que libertam o homem da falta de entendimento.  
e) a emancipação da subjetividade humana de ideologias produzidas pela própria razão.  


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