Bem- Vindo!

Como diria Fernado Anitelli:
Sintaxe a vontade!

quinta-feira, 4 de abril de 2013

CORREÇÃO ANÁLISE E ENTENDIMENTO – PÁG. 25


CORREÇÃO ANÁLISE E ENTENDIMENTO – PÁG. 25

5. Não. Platão tinha uma concepção dualista da realidade, apesar da ênfase idealista. Para ele, havia o mundo sensível, da matéria, e o mundo inteligível, das idéias.
6. Porque, para Platão, o ser humano é essencialmente alma, que é imortal e existe previamente ao corpo. E a vida feliz de uma pessoa dependeria da devida subordinação e harmonia entre as três partes que, segundo sua doutrina, constituem a alma: a alma racional (situada na cabeça e relacionada ao conhecimento) regularia o irascível (situada no peito e vinculada às paixões) e esta controlaria a concupiscente (situada no ventre e ligada aos desejos carnais), sempre com a supervisão da parte racional.
7. Para Platão a felicidade é o resultado final de uma vida dedicada ao conhecimento progressivo,pelo método dialético, do mundo das idéias, até a alma atingir a idéia suprema, que é a idéia do bem. Desse modo, por meio da ascensão dialética, a pessoa consegue não apenas uma elevação cognoscitiva, mas também uma evolução de seu ser, isto é, uma evolução ontológica. De modo mais simples, podemos dizer que aquele que adquire mais conhecimento e alcança a idéia do bem torna-se um ser melhor em sua essência e, por isso também, vive mais feliz.
10. Aristóteles entendia que, para atingir a felicidade verdadeira, o indivíduo deveria dedicar-se durante toda a sua existência à vida teórica, contemplativa, não apenas um dia ou outro. Daí a comparação “uma andorinha só não faz verão”.
11. Epicuro tinha uma concepção ontológica materialista, daí sua concepção sensualista da felicidade. Ele dizia que todos os seres buscam o prazer e fogem da dor e que, para sermos felizes, devemos gerar, primeiramente, as condições materiais e psicológicas que nos permitam experimentar apenas o prazer na vida. E prazer, para esse filósofo, é principalmente a ausência da dor.
12. Aristóteles e Platão tinham um enfoque intelectualista da felicidade, priorizando a vida teórica e contemplativa, embora o primeiro considerasse também a importância de fatores mais tangíveis, como os bens materiais e a vida social. Epicuro, por sua vez, desenvolveu um conceito sensualista.
13. Pode-se afirmar, em certo sentido, que há uma guinada intelectualista em Epicuro quando o filósofo, apesar de seu sensualismo, afirma que nem todos os prazeres contribuem para uma vida feliz e propõe um caminho que busca prazeres mais duradouros que encantam o espírito, como boa conversação, a contemplação das artes e a audição de música. Ele também recomenda o desenvolvimento da autarquia (governo da própria vida e não dependência de elementos externos), até chegar a ataraxia (estado de impertubabilidade da alma, caracterizado pela indiferença total ao que ocorre no mundo).
14. O estoico concebe o universo como kósmos, “universo ordenado e harmonioso”, composto de um princípio passivo (a matéria) e um princípio ativo, racional, inteligente (logos ou Deus imanente) que permeia, anima e conecta todas as suas partes. Portanto, para o estóico, nem tudo é matéria.
15. O conceito de kósmos,”universo ordenado e harmonioso”, com um logos ou Deus imanente que permeia tudo, implica que tudo o que existe e que acontece tem um objetivo e uma razão de ser, faz parte da inteligência universal e divina, o que quer dizer também que tudo é necessário e predeterminado, inclusive a vida das pessoas, e que, aconteça o que acontecer, isso deve ser bom. Portanto, para os estóicos, não devemos acreditar que felicidade é ter tudo o que desejamos, pois essa possibilidade não existe. O que temos e o que somos tem uma razão de ser.
16. Pela vontade conseguimos uma brechinha de liberdade para construir uma vida feliz, pois ela nos permite querer ou não querer as coisas. Assim, devemos usá-la no sentido de querer apenas aquilo sobre o que eu tenho poder, que depende de mim, evitando querer o que não depende de mim e que, por isso, me faz sofrer.
17. O amor fati é a via positiva do estoicismo. É a felicidade que se alcança não apenas pela aceitação do próprio destino, mas por querer e amar esse destino, no entendimento de que, se tudo é animado pelos princípios racionais que governam o universo, que visa a ordem e o bem da totalidade, tudo o que acontece comigo e não depende de mim é necessário e bom. Assim, para o estoicismo, a pessoa que tem amor por seu destino só poderá ser feliz.

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