No Mito da Caverna, de Platão, aquele que atingiu a contemplação
da luz e saiu da caverna, o filósofo, deve a ela retornar para libertar aqueles
que ficaram e têm as sombras como única realidade. Esse retorno é voluntário e
é aqui que podemos inserir a pergunta pela função social do filósofo: a
interferência no social, simbolizada pela volta à caverna, caracteriza-se
principalmente pela educação.
É interessante notar que, ao contrário de Sócrates, e mesmo ao contrário de
Platão, Descartes não manifesta nenhuma intenção expressa de interferência na
sociedade. A partir da certeza absoluta de que encontrou o método e o
fundamento da verdadeira filosofia, trata apenas de desenvolver seu sistema na
solidão de seu retiro holandês. E, no entanto, em termos da significação da sua
obra, mesmo de sua atitude filosófica, o que temos nele são simplesmente os fundamentos
da civilização moderna.
OBS: É interessante observar que são questões que contem distratores, mas se estudarem o texto acima, que está relacionado à 1ª questão, não tem como não acertarem.
Texto relacionado a 2ª questão:
O Método Dedutivo nasce com René Descartes e progressivamente vai sendo utilizado por todos os campos do saber. Embora sua definição seja aparentemente fácil, equívocos podem ser cometidos em sua conceituação.
Método dedutivo é a modalidade de raciocínio lógico que faz uso da dedução para obter uma conclusão a respeito de determinada premissa.
É um método que parte do geral para o particular para descobrir verdades não explicitadas. Em certo sentido, o método dedutivo segue um caminho inverso ao do método indutivo.
Texto relacionado a 3ª questãõ:
"A
caverna (...) é o mundo sensível onde vivemos. O fogo que projeta as sombras na
parede é um reflexo da luz verdadeira (do Bem e das ideias) sobre o mundo
sensível. Somos os prisioneiros. As sombras são as coisas sensíveis, que
tomamos pelas verdadeiras, e as imagens ou sombras dessas sombras, criadas por
artefatos fabricadores de ilusões. Os grilhões são nossos preconceitos, nossa
confiança em nossos sentidos, nossas paixões e opiniões. O instrumento que
quebra os grilhões e permite a escalada do muro é a dialética. O prisioneiro curioso
que escapa é o filósofo. A luz que ele vê é a luz plena do ser, isto é, o Bem,
que ilumina o mundo inteligível como o Sol ilumina o mundo sensível. O retorno
à caverna para convidar os outros a sair dela é o diálogo filosófico, e as
maneiras desajeitadas e insólitas do filósofo são compreensíveis, pois quem
contemplou a unidade da verdade já não sabe lidar habilmente com a
multiplicidade das opiniões nem mover-se com engenho no interior das aparências
e ilusões. Os anos despendidos na criação do instrumento para sair da caverna
são o esforço da alma para libertar-se. Conhecer é, pois, um ato de libertação
e de iluminação. A Paideia filosófica é uma conversão da alma voltando-se do
sensível para o inteligível. Essa educação não ensina coisas nem nos dá a visão,
mas ensina a ver, orienta o olhar, pois a alma, por sua natureza, possui em si
mesma a capacidade para ver." [Marilena Chauí]
De
acordo com o texto, pode-se afirmar que:
O filósofo, por sua busca, tem uma visão mais
abrangente do conhecimento
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