Bem- Vindo!

Como diria Fernado Anitelli:
Sintaxe a vontade!

terça-feira, 12 de abril de 2011

"Ainda bem que sempre existe outro dia. E outros sonhos. E outros risos. E outras pessoas. E outras coisas.."
Clarice Lispector

O sonho

"Sonhe com aquilo que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades
que aparecem em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passaram por suas vidas."
Clarice Lispector

quarta-feira, 2 de março de 2011

A Melancolia



A melancolia é sorna e estéril. Camões escreveu a sua epopeia nos dias da esperança. Quando a tristeza desanimadora o entrou, já não pôde escrever para o fidalgo, que lha pedia, uma paráfrase dos salmos.
Uma inteligência em quietismo não danifica os interesses materiais dum país, e até certo ponto pode considerar-se providencial o pousio; mas um cidadão analfabeto, embrutecido pela melancolia, se a sua qualidade civil é importante como deve ser, pode prejudicar gravemente os interesses da cidade.
Ainda bem que a melancolia raro se atreve a perturbar o funcionalismo intelectivo de certas cabeças, cuja organização é maravilha. Daí provém a traça metódica e auspiciosa com que o homem supinamente ignorante regula os seus negócios. Há nessa cabeça a perene claridade dum fundo de garrafa de cristal. As ideias impedem-lhe congeladas da abóbada craniana como as estalactites duma caverna. Dessa imobilidade imperturbável de cérebro resulta a fixidez da mira posta num alvo, a pertinácia das empresas e o conseguimento dos bons efeitos.
Ainda não vi tão cabal e logicamente explicado o fortunoso êxito de algumas riquezas granjeadas pela inépcia.
Não obstante, o número dos bastardos da fortuna é muito maior. O leitor é de certo um dos que tem em cada dia uma hora de enojo, de quebranto, de melancolia, de concentração dolorosa, de desapego à vida, de misantropia e de diálogo terrível com o fantasma da aniquilação.

Camilo Castelo Branco, in 'Coração, Cabeça e Estômago'

Citação de Steve Jobs

Não Desperdices o Teu Tempo a Viver a Vida de Outras Pessoas
O teu tempo é limitado, por isso não o desperdices a viver a vida de outra pessoa. Não te deixes armadilhar pelos dogmas - que é a mesma coisa que viver pelos resultados do que outras pessoas pensaram. Não deixes que o ruído das opiniões dos outros saia da tua própria voz interior. E, mais importante ainda, tem a coragem de seguir o teu coração e a tua intuição. Estes já sabem, de alguma froma, aquilo em que tu verdadeiramente te vais tornar. Tudo o resto é secundário.

Steve Jobs

Esqueço do quanto me ensinaram



Deito-me ao comprido na erva.
E esqueço do quanto me ensinaram.
O que me ensinaram nunca me deu mais calor nem mais frio,
O que me disseram que havia nunca me alterou a forma de uma coisa.
O que me aprenderam a ver nunca tocou nos meus olhos.
O que me apontaram nunca estava ali: estava ali só o que ali estava.


Alberto Caeiro, in "Fragmentos"
Heterónimo de Fernando Pessoa

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Pão e Circo! Se Circo for, que seja Teatro! O TEATRO MÁGICO!

Platão - A República

A República é composta por 10 livros, que podem ser divididos em 3 partes. A primeira retrata a construção de uma cidade ideal, cujos cidadãos se dividem em 3 classes: os guardiões (filósofos), que são aqueles que detêm o poder político, os soldados e o povo comum. A segunda parte define como deve ser a educação do filósofo e inclui a famosa alegoria da caverna. Por fim, a obra discute as várias formas de governo, seus prós e contras.]
A obra da Platão paira no centro da filosofia ocidental. A República influenciou diretamente filósofos importantes, como Santo Agostinho e Thomas Morus, e é um dos pilares do pensamento católico. A alegoria da caverna é o mais famoso exemplo do dualismo platônico (a divisão entre idéia e matéria). Dela derivam dois aspectos. O primeiro é lógico: a palavra cavalo, por exemplo, não se refere a um cavalo em particular, mas a qualquer cavalo. O segundo, metafísico, significa que em algum lugar existe um cavalo “ideal” (a palavra grega “idéia” quer dizer “imagem” ou “modelo”).